segunda-feira, 18 de outubro de 2010


" (...) Inaugurei um novo capítulo: uma garoazinha de tristeza, uma saudade entreaberta, e o vento aborrecido. Sudoeste querendo abraçar tudo. E eu vagueando por aí sem nenhuma palavra que arranhasse o silêncio. O tempo contido nas coisas, os dias aprisionados na ansiedade já não deslizavam pelo calendário. Esperança já nem suspirava. Não há espera de nada, apenas a companhia corriqueira: eu e a solidão_ mão com mão, rostos sem face. Já não desejo amores nem intrigas de paixão alguma: sosseguei na solitude aceitando aos poucos o tempo alargado para se preencher com improvisos, sem horários rígidos, sem avisos. Preenchi de paz o espaço novo do coração esvaziado. (...)

Marla de Queiroz 

( com adaptações. Ps. : coloquei na primeira pessoa do singular porque é tão a minha cara)

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