sexta-feira, 29 de abril de 2011

Eu limpei minhas mensagens, eu deletei meus emails, eu matei meus recados,
eu estrangulei minhas esperas,
eu arregacei as minhas mangas e deixei morrer quem estava embaixo delas.
Eu risquei de vez as opções do meu caderninho,
eu espremi a água escura do meu coração e ele se inchou de ar limpo,
como uma esponja…

- Agora eu tô pronta pra outra -

[Tati Bernardi]
Eu não sou tão forte quanto eu previa, nem tão fraca quanto eu temia. Não tenho o passo rápido como eu gostaria, nem paraliso como poderia. Aprendi a me equilibrar nos extremos. Se não tenho o direito de escolher todos os acontecimentos, me posiciono de acordo com os fatos. No final, o que me move não é forte o suficiente pra me derrubar, mas é intenso o bastante pra me fazer ir além.




Fernanda Gaona

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Em outros tempos diria “Tomei raiva de você”. Mas nem foi raiva, vejo isso agora. É só tristeza mesmo. “Tomei tristeza de você”.
 
Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Nosso medo mais profundo não é que sejamos inadequados. Nosso medo mais profundo é que sejamos poderosos demais. É nossa sabedoria, não nossa ignorância, o que mais nos apavora. Perguntamo-nos: 'Quem sou eu para ser brilhante, belo, talentoso, fabuloso?' Na verdade, por que você não seria? Você é um filho de Deus. Seu medo não serve ao mundo. Não há nada de iluminado em se diminuir para que outras pessoas não se sintam inseguras perto de você. Nascemos para expressar a glória de Deus que há em nós. Ela não está em apenas alguns de nós; está em todas as pessoas. E quando deixamos que essa nossa luz brilhe, inconscientemente permitimos que outras pessoas façam o mesmo. Quando nos libertamos de nosso medo, nossa presença automaticamente liberta as outras pessoas.

Nelson Mandela

sexta-feira, 1 de abril de 2011

"Que esta minha paz e este meu amado silêncio não iludam a ninguém. Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta. Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios. Acho-me relativamente feliz. Porque nada de exterior me acontece... Mas, em mim, na minha alma, pressinto que vou ter um terremoto!"

Mario Quintana


Não percebi a chegada do outono. Mas eu sentia que estava embarcando numa nova estação: todas as árvores que (não) plantei, de repente, estavam nuas. E eu caminhava num tapete de folhas e flores. Os caminhos também se estreitaram e tive uma sucessão de perdas, ou melhor, tive uma sucessão de trocas. E assim, como toda pessoa que tem um coração pulsando, fiquei assustada demais com as mudanças. Mas agora já consigo perceber beleza na nudez de cada uma das minhas árvores prediletas. Elas apenas estão trocando de roupa enquanto eu troco de pele, tamanha cumplicidade. Então, quando bate a ansiedade e meu coração taquicardíaco começa a doer, ponho a mão nele e digo a mim mesma: “Obrigada por, pelo menos, poder sentir que não estou sozinha”. Porque eu não perdi uma estação, eu perdi a mim mesma e agora me sinto como um prédio que foi demolido e está sendo reconstruído, tijolo a tijolo novamente. E esse processo é muito difícil, mas acho também a experiência mais bonita que uma pessoa possa vivenciar. Toda reforma, é para fazer melhoras e, algumas coisas, por não poderem ser recuperadas, terão de ser substituídas. E a gente se apega demais a tudo. Pois estou tão disposta às reformas, mesmo que isso inclua marretadas no meu coração logo pela manhã, bem cedo. A gente, quando enjoa da dor, começa a ressignificar os acontecimentos, e percebe que se agarrar a um momento bom, acelera o processo de cura.Tenho tido bons momentos e todos os dias Deus me dá uma alegria que ameniza qualquer desespero. Mas há tempos eu não consigo gargalhar. Eu que sempre tive isto como minha maior característica.
Paciência deve ser o meu aprendizado agora...Aceito e agradeço.
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Marla de Queiroz
"Confesso que ando muito cansado, sabe? Mas um cansaço diferente. Um cansaço de não querer mais reclamar, de não querer pedir, de não fazer nada, de deixar as coisas acontecerem."


Caio Fernando Abreu
“Tudo passa, o que queremos e o que não queremos que passe, a tristeza e o alívio coabitam no espaço desta certeza. Eu não tenho muitas respostas. O que eu tenho é fé. A lembrança de que as perguntas mudam. Um modo de acreditar que os tiquinhos de sol possam sorrir o suficiente para desarmar a sisudez nublada de alguns céus. E uma vontade bonita, toda minha, de crescer”

Ana Jácomo
 
 
“Eu sei que todos os dias quando eu acordo
 

Deus dá um sorriso e me diz: 
 


Estou te dando a chance de tentar de novo.”

 
 
Eu prefiro que você continue assim, sem pronunciar mais uma palavra. É melhor pra nós dois. Você não fala, eu não te escuto. E nem um de nós nos ferimos.

Eduarda Lins.
" Eu preferi não escrever sobre o que eu estava sentindo ontem. Doia demais, era uma dor que parecia não ter fim. Uma dor que só aparece há noite, e que me maltrata, me matando pouco a pouco, como se não houvesse o amanhã… E hoje? Hoje dois menos. E a cada dia que passa, a dor vai aliviando. É como se ela fosse morrendo aos poucos. (...)"

EDUARDA LINS