quarta-feira, 9 de março de 2011

O texto que segue eu encontrei no blog da Maria Bernadino, [http://sonetosaalguem.blogspot.com/], é um texto de sua autoria, e se trata de uma carta-resposta do seu "cupido" acerta de suas intermináveis indagações e cartas-perguntas feitas a ele a respeito de suas paixões. O texto se pareceu muito comigo, em uma certa etapa de minha vida. Nunca fiz perguntas a nenhum tipo de cupido, mas sempre as fiz para Deus, e percebi que muitas destas palavras, talvez seriam as que Deus me diria.

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"De todos os corações que eu já cuidei o seu é o mais problemático. As paixões que te pegaram  destruíram uma parte disso que você chama de juízo,sim, minha querida, paixões, ou você acha que todas aquelas confusões que você sentiu era amor? Por tudo que há de mais sagrado a sua mente deve ter sido muito prejudicada pela quantidade de lágrimas que você já derramou, contudo acho que tenho a obrigação de esclarecer alguns pontos negros da nossa relação.

Por muitas vezes o coração humano engana-se, precipitado, cheio de expectativas e repleto de prontas ilusões, o coração humano não espera os simples sinais, acaba por si mesmo interpretando os “sinais espetaculosos” ao seu favor, ou ainda por cima criando sinais que não existem. Quem nunca chegou a dizer: “Se me ligar em cinco minutos é porque me ama...” Isso depois de a ligação de 30 segundos ter caído, mas é claro que irão retornar, e vocês sabem disso.

As paixões são arrebatadoras minha querida, e não pensam na hora de chegar, muito menos na de ir embora. Eu a quis longe das paixões que tiram o rumo certo de qualquer um, a paixão é possessiva, dona, e causa muito mais dor, porque leva de volta aquilo que você denominou de seu, mesmo tendo uma singela consciência de que nunca foi. Enviei os certos sinais para que você corresse delas, mas você nunca quis enxergá-los.

Enquanto eu a implorava para seguir o caminho certo, e prestar bem atenção em quem diz palavras tão bonitas pra você, e diz só por vontade de dizer, por querer ver um sorriso no seu rosto, não esperando nada em troca só a sua alegria em ouvir aquilo. Mas você não vê, vê os elogios carnais que te fazem os outros, esperando apenas você baixar a guarda.

Como você mesma disse, o amor é um sentimento educado, pede licença chega aos poucos, tem paciência, respeito, e não busca fim lucrativo. O amor te faz sorrir ao olhar o nada, o sem graça para os simples “desapaixonados” que não sabem ver a verdadeira beleza do nada, que sempre pode ser transformado naquilo que agrada o ser apaixonante.

Só quis responder a sua carta, pelo simples fato de não agüentar as suas reclamações sem nexo, o seu amor há tempos te aguarda enxergá-lo, mas você com a sua irritante de mania de querer saber de tudo, acaba não prestando atenção, nos simples detalhes que o amor te envia. Cuide bem do que ainda te espera, seja mais terna e paciente, que logo o amor chegará a você, te fazendo enxergar o que realmente se deve ver."

(...)

Maria.

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